Conclusão
Observando
então cada um dos pontos mencionados acima é possível concluir
perfeitamente a presença de uma intenção cristão, consciente ou
inconsciente, por parte da autora na obra de Harry Potter. Cada um
dos temas mencionados estão devidamente confrontados com as Sagradas
Escrituras e são fruto de uma reflexão de um fã da saga de Harry
Potter, católico apostólico Romano, que encontra na mesma saga uma
forma de motivar e criar um espírito de evangelização pedagógico.
Porque afinal, evangelizar é uma pedagogia e é preciso ter a
capacidade de assimilar e chegar às pessoas com aquilo que as toca.
Simplesmente criticar e condenar uma obra cultural é ato de pessoas
que estão, na minha opinião, em desacordo consigo mesmas ou com as
normas que as regem! Não basta criticar e apresentar tão somente
argumentos de prescrições observadas há mais de 3000 anos como as
mesmas referências aos espíritos e invocação dos mortos contidas
no antigo testamento! É preciso avaliar e encontrar o bom, o
positivo em cada coisa, porque se passamos a procurar o negativo, o
mal, não vivemos o que nos propõe a frase do santo, de “buscar
o Cristo em cada leitura e não somente nas leituras de Cristo”,
mas
sim terminamos em uma, embora inconsciente, constante adoração do
mal, porque aquilo do que mais falamos e que mais fazemos são na
verdade o que mais vivemos!
Harry Potter pode ser
usado por catequistas, padres e pastores, por professores e doutores,
pois não passa de uma obra muito bem elabora, cultural e que
portanto nos faz mais sábios, inteligentes, abertos à realidade e
além de tudo possui os verdadeiros ensinamentos cristãos e de
alguma forma, morais!
Espero ter conseguido
passar minha mensagem e novamente reforço minha fé, esclarecendo
que tratei de ser fiel a toda a tradição católica e sendo claro
nos momentos onde defendi minha postura frente a alguns temas e que
talvez diferem da Igreja. Meu apelo maior com este trabalho, não é
que todos passem a encontrar em Harry Potter um ensinamento coerente
de vida e nem muito menos passem a gostar de Harry Potter aqueles que
não gostam, mas sim um chamado a abrir-nos como seres humanos à
cultura e a arte, expressão e referência de vida.
“Draco
dormiens nunquam titilandus.”
Junior Takanage
07.II.2012
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