segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

III Parte...Harry Potter Vs. The bible...

Harry Potter e as Sagradas Escrituras - Parte III



Harry Potter Vs. The bible


Grande parte das críticas à saga do menino bruxo são por dizer que a Bíblia é contra tudo o que seja bruxaria, feitiçaria, invocação de espíritos e porque no fundo, se olharmos bem, não se refere a Deus em nenhum momento! Mas é uma grande ignorância olhar o tema desta forma. Cito aqui a um santo católico que diz: “O Verdadeiro cristão não é aquele que lê somente livros sobre o Cristo, mas é aquele que o procura em qualquer leitura”; e este é o meu verdadeiro objetivo com este trabalho, não convencer as pessoas de que Harry Potter é algo tão bom que deve ser utilizado nas catequeses ou escolas, mas sim mostrar que é possível não criticar um livro tão inocente, condenando-o como propriedade do mal, por simplesmente desconhecer o belo! A cultura, a arte nos ensinam a abrir nossas mentes e olhar muito mais além do que está escrito, e este é o objetivo nesta parte do trabalho, que começo, depois de citar a frase católica, citando ao diretor e grande Auror: Albus Dumbledore: “Todos temos o bem e o mal dentro de si, mas o que realmente importa não são as semelhanças e sim as diferenças.”

E começo chamando a atenção para cada final de filme, ou de cada livro. Sempre e em cada um deles existe uma lição, cada final existe um diálogo ou palavras que se mostram perfeitamente apropriadas e por que não dizer, cristãs! O grande problema é que muitas vezes não abrimos o nosso entendimento e não associamos certas coisas, nos detemos não em mensagens, mas sim em palavras verdadeiramente iguais. Se tomamos por exemplo o texto onde Dumbledore diz a Harry: “Harry, tempos virão que teremos que decidir-nos pelo que é certo e não pelo que é fácil...” Lembrando que não se trata aqui de equiparar e colocar Harry Potter ou até mesmo Dumbledore em um mesmo parâmetro que Cristo e Deus, mas sim olhar a mensagem transmitida. Se tomamos em consideração tal frase, podemos perceber a presença das palavras de Jesus ao anunciar que “quem quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (5). A decisão pelo que é certo e não pelo que é fácil é algo característico do cristianismo. Seguir a Cristo é considerado o correto, o caminho de vida do homem e isso implica dores e sofrimentos segundo os textos sagrados, mas esta deveria ser a escolha, mesmo que seja difícil. Eis aqui, uma primeira alusão aos textos bíblicos, que repito, não sabemos da intenção da autora, se consciente ou inconsciente, mas sabemos que se é algo que está presente na obra é porque, de certa maneira, está presente nela.

E também, olhemos para o final do filme “Harry Potter and the order of the Phoenix”: “Estava pensando em algo que me disse Dumbledore – diz Harry – , que nós temos uma coisa que Voldemort não tem! Uma coisa pela qual vale a pena lutar”; Harry aqui está fazendo alusão justamente à frase que citamos anteriormente: ““Todos temos o bem e o mal dentro de si, mas o que realmente importa não são as semelhanças e sim as diferenças.” e se refere especialmente aos seus amigos. Quando Voldemort possui a Harry, para que ele o abandone Harry se lembra de seus amigos, dos momentos felizes que passaram juntos, e é neste momento que ele o abandona. Nos encontramos aqui com outra grande lição do cristianismo, que vai mais além da frase bíblica, mas no ensinamento do próprio Cristo: “Já não vos chamo servos, mas amigos”(6) e também o grande ensinamento do amor: “Eu vos dou um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros. Se vos amardes uns aos outros, todos que reconheceram que sois meus discípulos.”(7)

Nos encontramos já com 2 temas colocados nos livros que nos mostram a presença cristã nesta obra tão aclamada nos últimos anos. Mas olhemos agora de uma forma geral, e perguntemo-nos: de que se trata realmente esta história? O que temos aqui? Analisemos mais profundamente cada uma das coisas.

Harry Potter se trata de uma saga onde o menino bruxo luta, em cada livro, direta ou indiretamente, com aquele que matou seus pais e que o tenta matar, com aquele que fez muito mal àquela sociedade (bruxos) e que ao recuperar forças volta, não só para matar a Harry, mas para criar uma raça pura: temos aqui um exemplo claro de que o mal pode ser representado também pelo nazismo nesta obra: Voldemort = Hitler... E Harry, seguindo muitas vezes o conselho de Dumbledore, é quem busca combater esse mal! Acompanhando a saga, podemos observar no último filme que Harry, depois de observar as memórias do Prof. Snape na penseira, vai, decidido, entregar sua vida para que ninguém mais morra por ele, para que ninguém mais tenha que sofrer as consequências da presença de Voldemort: eis aqui o auto-sacrifício, e desta mesma forma vemos o Cristo que se entrega a si mesmo e é obediente até a morte. Cristo vence o pecado original (a desobediência), sendo obediente e vemos aqui que Harry também o faz sendo obediente: depois de ver a penseira ele sabe que não existe outra forma de que o mal perca esta batalha senão morrendo ele mesmo, obediente vai ao encontro de Voldemort. Auto-sacrifício como meio de santificação para os demais. Cristo se imola por todos os homens!

E depois da morte, Harry chega ao que poderíamos dizer: céu... ali se encontra com Dumbledore, e se não queremos atribuir à Dumbledore a imagem de Deus, podemos dizer que é o encontro de todos no banquete celestial, o encontro de todos na ceia escatológica, presente de Deus, a comunhão dos santos! Mas notavelmente podemos comparar o que Harry chama de “King's Cross” ao céu, é um lugar puro, limpo, branco, onde somente existe a pureza de Deus e a glória que brilha! E por último, mas não menos importante: Harry “ressuscita”, ele volta, assim como o Cristo! Cristo, ao morrer na cruz, dá ao diabo esse gostinho de achar que venceu... foram 3 dias de festa para o mal, mas a ressurreição dá a vitória ao Cristo. Harry volta e luta novamente com o mal, derrotando-o: depois de uma alegria para Voldemort, vem a alegria maior, o retorno de Harry, do bem!

Também, como mencionamos um pouco mais acima, grande parte da crítica é feita à magia que é usada no filme, supondo uma invocação de espíritos e mortos: se atentamos para cada uma das magias, cada um dos feitiços, vamos perceber que em nenhum momento se invoca absolutamente nada, mas que do único que se utiliza a autora são de combinações de palavras, traduzidas culturalmente ao latim, observando que parte da tradição inglesa nos colégios é o estudo do Latim, como ensino lógico e preparatório para as ciências exatas.[...]

3 comentários:

  1. Legal , também penso assim ! Legal que vc pense desta maneira !
    Já estou seguindo teu blog !
    O meu é feminino , mas se quiser olhar .. Sempre posto novidades de viagens!
    beijao , Vanessa.

    vanessavsmakeup.blogspot.com

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  2. E amo harry potter ...faz muito sentido o que vc escreveu!

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  3. Eu aprendi muito mais com Harry Potter do que com igrejas, Harry Potter me transformou numa pessoa melhor, e é a minha verdadeira religiao

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