Harry
Potter Vs. The bible
Grande parte das críticas à saga do menino bruxo são por dizer que a Bíblia é contra tudo o que seja bruxaria, feitiçaria, invocação de espíritos e porque no fundo, se olharmos bem, não se refere a Deus em nenhum momento! Mas é uma grande ignorância olhar o tema desta forma. Cito aqui a um santo católico que diz: “O Verdadeiro cristão não é aquele que lê somente livros sobre o Cristo, mas é aquele que o procura em qualquer leitura”; e este é o meu verdadeiro objetivo com este trabalho, não convencer as pessoas de que Harry Potter é algo tão bom que deve ser utilizado nas catequeses ou escolas, mas sim mostrar que é possível não criticar um livro tão inocente, condenando-o como propriedade do mal, por simplesmente desconhecer o belo! A cultura, a arte nos ensinam a abrir nossas mentes e olhar muito mais além do que está escrito, e este é o objetivo nesta parte do trabalho, que começo, depois de citar a frase católica, citando ao diretor e grande Auror: Albus Dumbledore: “Todos temos o bem e o mal dentro de si, mas o que realmente importa não são as semelhanças e sim as diferenças.”
E
começo chamando a atenção para cada final de filme, ou de cada
livro. Sempre e em cada um deles existe uma lição, cada final
existe um diálogo ou palavras que se mostram perfeitamente
apropriadas e por que não dizer, cristãs! O grande problema é que
muitas vezes não abrimos o nosso entendimento e não associamos
certas coisas, nos detemos não em mensagens, mas sim em palavras
verdadeiramente iguais. Se tomamos por exemplo o texto onde
Dumbledore diz a Harry: “Harry,
tempos virão que teremos que decidir-nos pelo que é certo e não
pelo que é fácil...” Lembrando
que não se trata aqui de equiparar e colocar Harry Potter ou até
mesmo Dumbledore em um mesmo parâmetro que Cristo e Deus, mas sim
olhar a mensagem transmitida. Se tomamos em consideração tal frase,
podemos perceber a presença das palavras de Jesus ao anunciar que
“quem
quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me”
(5).
A decisão pelo que é certo e não pelo que é fácil é algo
característico do cristianismo. Seguir a Cristo é considerado o
correto, o caminho de vida do homem e isso implica dores e
sofrimentos segundo os textos sagrados, mas esta deveria ser a
escolha, mesmo que seja difícil. Eis aqui, uma primeira alusão aos
textos bíblicos, que repito, não sabemos da intenção da autora,
se consciente ou inconsciente, mas sabemos que se é algo que está
presente na obra é porque, de certa maneira, está presente nela.
E
também, olhemos para o final do filme “Harry Potter and the order
of the Phoenix”: “Estava
pensando em algo que me disse Dumbledore – diz Harry – , que nós
temos uma coisa que Voldemort não tem! Uma coisa pela qual vale a
pena lutar”; Harry
aqui está fazendo alusão justamente à frase que citamos
anteriormente: ““Todos
temos o bem e o mal dentro de si, mas o que realmente importa não
são as semelhanças e sim as diferenças.” e
se refere especialmente aos seus amigos. Quando Voldemort possui a
Harry, para que ele o abandone Harry se lembra de seus amigos, dos
momentos felizes que passaram juntos, e é neste momento que ele o
abandona. Nos encontramos aqui com outra grande lição do
cristianismo, que vai mais além da frase bíblica, mas no
ensinamento do próprio Cristo: “Já
não vos chamo servos, mas amigos”(6)
e também o grande ensinamento do amor: “Eu
vos dou um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros. Se vos
amardes uns aos outros, todos que reconheceram que sois meus
discípulos.”(7)
Nos
encontramos já com 2 temas colocados nos livros que nos mostram a
presença cristã nesta obra tão aclamada nos últimos anos. Mas
olhemos agora de uma forma geral, e perguntemo-nos: de que se trata
realmente esta história? O que temos aqui? Analisemos mais
profundamente cada uma das coisas.
Harry Potter se trata
de uma saga onde o menino bruxo luta, em cada livro, direta ou
indiretamente, com aquele que matou seus pais e que o tenta matar,
com aquele que fez muito mal àquela sociedade (bruxos) e que ao
recuperar forças volta, não só para matar a Harry, mas para criar
uma raça pura: temos aqui um exemplo claro de que o mal pode ser
representado também pelo nazismo nesta obra: Voldemort = Hitler... E
Harry, seguindo muitas vezes o conselho de Dumbledore, é quem busca
combater esse mal! Acompanhando a saga, podemos observar no último
filme que Harry, depois de observar as memórias do Prof. Snape na
penseira, vai, decidido, entregar sua vida para que ninguém mais
morra por ele, para que ninguém mais tenha que sofrer as
consequências da presença de Voldemort: eis aqui o auto-sacrifício,
e desta mesma forma vemos o Cristo que se entrega a si mesmo e é
obediente até a morte. Cristo vence o pecado original (a
desobediência), sendo obediente e vemos aqui que Harry também o faz
sendo obediente: depois de ver a penseira ele sabe que não existe
outra forma de que o mal perca esta batalha senão morrendo ele
mesmo, obediente vai ao encontro de Voldemort. Auto-sacrifício como
meio de santificação para os demais. Cristo se imola por todos os
homens!
E depois da morte,
Harry chega ao que poderíamos dizer: céu... ali se encontra com
Dumbledore, e se não queremos atribuir à Dumbledore a imagem de
Deus, podemos dizer que é o encontro de todos no banquete celestial,
o encontro de todos na ceia escatológica, presente de Deus, a
comunhão dos santos! Mas notavelmente podemos comparar o que Harry
chama de “King's Cross” ao céu, é um lugar puro, limpo, branco,
onde somente existe a pureza de Deus e a glória que brilha! E por
último, mas não menos importante: Harry “ressuscita”, ele
volta, assim como o Cristo! Cristo, ao morrer na cruz, dá ao diabo
esse gostinho de achar que venceu... foram 3 dias de festa para o
mal, mas a ressurreição dá a vitória ao Cristo. Harry volta e
luta novamente com o mal, derrotando-o: depois de uma alegria para
Voldemort, vem a alegria maior, o retorno de Harry, do bem!
Também, como
mencionamos um pouco mais acima, grande parte da crítica é feita à
magia que é usada no filme, supondo uma invocação de espíritos e
mortos: se atentamos para cada uma das magias, cada um dos feitiços,
vamos perceber que em nenhum momento se invoca absolutamente nada,
mas que do único que se utiliza a autora são de combinações de
palavras, traduzidas culturalmente ao latim, observando que parte da
tradição inglesa nos colégios é o estudo do Latim, como ensino
lógico e preparatório para as ciências exatas.[...]
Legal , também penso assim ! Legal que vc pense desta maneira !
ResponderExcluirJá estou seguindo teu blog !
O meu é feminino , mas se quiser olhar .. Sempre posto novidades de viagens!
beijao , Vanessa.
vanessavsmakeup.blogspot.com
E amo harry potter ...faz muito sentido o que vc escreveu!
ResponderExcluirEu aprendi muito mais com Harry Potter do que com igrejas, Harry Potter me transformou numa pessoa melhor, e é a minha verdadeira religiao
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