domingo, 13 de janeiro de 2013

[A chuva, o café, o livro, o sorvete].




"Escuridão... parece que hoje o Sol se esqueceu de nascer! Na realidade eu adoro esse clima perfeito para um estado observador e pacífico da alma! Luzes surgem aos poucos, iluminam e alegram a beleza dos sorrisos e se escondem novamente deixando que a alma repouse sobre as belas palavras de autores que são como gurus, guias, orixás, não sei bem quais nomes dar!

Sei apenas que escuridão e livros são a perfeita combinação para acompanhar um café-sorvete e deixar a alma tão alegre e tão elevada como se nada mais fosse necessário além do simples desejo da arte ser a única condutora dos passos do homem!

Pode parecer muito estranho, mas passa pela minha cabeça: como querer dormir o tempo todo com esta escuridão? Ela é que me mantém desperto, a chuva me acorda e me convida a observar a alma, o profundo de mim mesmo que está esperando todo o tempo para dar um salto afora e se perfilar nas palavras que meu pobre léxico possui! Sinceramente?! Não entendo.

Chuva, café, livro, sorvete... um misto de sentimentos e de matérias, um estilo que combina a reação do coração com os desejos mais obsoletos de um eu escondido em seus próprios caprichos!

Ah! Hoje é dia de liberdade, de escuridão que é a luz que a alma precisa para vir à tona e liberar na perseverança de um poema as riquezas mais profundas e ocultas naquilo que chamo de melancolia feliz."


Junior Takanage
13.I.2013

sábado, 12 de janeiro de 2013

[De um melancólico - sanguíneo. ]




"Chuva maravilhosa molha os pés do cidadão, molha a praça e molha o chão! Molha um coração que percebe uma tensão criadora e ao mesmo tempo uma tensão inexplicável!

Como palavras melancólicas, não no sentido trágico, mas no sentido profundo, surgem de uma alma toda aberta e disposta a dispensar a todos os seus amores, ao tempo que as mesmas palavras se perdem no seu interior e se esvão, todas, uma a uma, por seus gritos e gargalhadas!

Percebo uma tensão que vai ser pra sempre minha: vida profunda e coração aberto, mas coração que esquece e alma que de repente se chacoalha perdida nas extremidades do ser!

Uau! Eu nunca pensei que fosse me dar conta disso, mas acho que aqui já há algo de poeta, existe algo de artista: minha vida que se expressa nas palavras é uma parte de mim que não sai nos meus sorrisos, mas tudo é sinceridade e profundidade de alguém que deseja o esplendor de uma expressão emanada de seu próprio eu... um eu que silencia e percebe a grandiosidade de viver uma vida toda inteira e intensa e de um eu que percebe a maior de todas as virtudes: doar-se no ato e na gratidão a todos os que por ele passam e desejam nada mais e nada menos que um sorriso permanente e sincero, um coração disposto e uma alma alegre, firme e confiante em suas metas, capacidades e acima de tudo humilde para reconhecer o que é e o que não é!

Mas isso não torna a tensão menos difícil... ah, claro que não! Encontrar uma harmonia entre silêncio e gritos, onde ambos são a permanência da eternidade do eu é um trabalho árduo e que se faz cada dia mais apaixonante, porque neste aventura descubro que nada, nem ninguém é capaz de me fazer desistir ou de me fazer deixar de ser aquilo para o qual nasci: vita et gaudium."

Junior Takanage
12.I.2013

domingo, 6 de janeiro de 2013

[De uma paixão e necessidade da alma: ESCREVER]

Um pouco atrasado, desejando que 2013 seja de muitas alegrias, felicidades, realizações e afetos... Com muita arte, poesia, luz e cores... A todos um grande abraço!




"Palavras que se perdem, olhares que se encontram, sonhos que perduram e almas que sonham... Constantemente tenho me deparado com minha realidade frágil diante de mim mesmo, sem saber ao certo o que quero ou o que virá.

Percebo e me deixo tocar por algo que de repente se volta ao meu coração com total alegria e disponibilidade de mim mesmo: escrever, sonhar e deixar que as palavras plasmem o que realmente se sente no mais profundo coração acanhado e duvidoso de si mesmo; aqui a atividade predileta do coração que ama e se lança por uma paixão eterna.

Sentado, com um café, escrevendo e desenhando a sacralidade de um momento que pode ser para sempre força de vida: o amor por algo que é tão simples e por isso, talvez, tão pouco notado: ser eu mesmo em relação com minhas palavras que se materializam em uma única ação ou expressão: Ser."

Junior Takanage
06.I.2013


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