quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

"Aquarela..."




Nosso blog anda bem desatualizado... Mas sei que todos entendem que na correria do dia-a-dia, algumas coisas acabam ficando para trás! Estou tentando conseguir tempo para escrever e colocar pensamentos em palavras! Por enquanto, posto os clássicos e alguma reflexãozinha sempre surge com elas! A todos um grande abraço!

"Tão infantil e tão adulto... tão criança e tão profundo, assim como as crianças mesmo!
Essa música é um tanto melancólica, mas tão profunda que me faz pensar cada vez que a escuto: "Vamos todos numa linda passarela de uma aquarela..." e não importa "que um dia enfim" ela descolorirá... o único que importa em nossa vida, são as cores que damos a ela e que a marcam para sempre... Se a aquarela se descolorir, nosso coração sempre encontrará na memória dos sentimentos as cores que faltam para tornar a vida ainda mais pura e bela!
Não importa o que fazemos, se uma aquarela ou um pastel, ou um óleo... importa como o fazemos...importa que queiramos encher a vida de cores e fazer dela uma vida realmente vivida! A vida é mistério de cores, que se unem, se colorem, se complementam e se vão, deixando sempre a lembrança de cores eternas que saem do coração para dar sentido àquilo que perdeu a tonalidade original!"


Toquinho - Aquarela...



Junior Takanage
29.II.2012

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Casinha Branca...


Que a simplicidade e a riqueza desta canção poesia possa encher o nosso coração de uma profunda busca de nós mesmos e da nossa harmonia com o mundo, com os demais... Simplesmente, na minha opinião, muito boa letra, muito boa canção...!!!
Espero que desfrutem, relembrem e sintam aquilo que esta canção retorna ao coração de cada um...


"Eu tenho andado tão sozinho ultimamente
Que nem vejo a minha frente
Nada que me dê prazer
Sinto cada vez mais longe a felicidade
Vendo em minha mocidade
Tanto sonho perecer
Eu queria ter na vida simplesmente
Um lugar de mato verde
Pra plantar e pra colher
Ter uma casinha branca de varanda
Um quintal e uma janela
Para ver o sol nascer
Às vezes saio a caminhar pela cidadeÀ procura de amizades
Vou seguindo a multidão
Mas eu me retraio olhando em cada rosto
Cada um tem seu mistério
Seu sofrer, sua ilusão
Eu queria ter na vida simplesmente
Um lugar de mato verde
Pra plantar e pra colher
Ter uma casinha branca de varanda
Um quintal e uma janela
Para ver o sol nascer
Eu queria ter na vida simplesmente
Um lugar de mato verde
Pra plantar e pra colher
Ter uma casinha branca de varanda
Um quintal e uma janela
Para ver o sol nascer ..."

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Pensando Coisas... Presentes Personalizados...

Galera... vai terminando o Carnaval e partilho com todos os visitantes do nosso blog, como alguns já perceberam pelo Facebook, que o Pensando Coisas vai se extendendo e vai ampliando sua área de atuação! Continuando com a minha paixão pela arte e pela cultura, e podendo olhar mais de perto meus pensamentos, também o Pensando Coisas ganha uma nova face, fabricamos presentes personalizados, como vocês podem ver na página do face: 



Lá encontrarão nosso catálogo... qualquer coisa é só entrar em contato... um grande abraço a todos!!!

Junior Takanage
21.II.2012

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

"Mas sigo sim, e mesmo confuso e perdido esperas por mim!"


Há algum tempo atrás escrevi este texto, inspirado um pouco pela canção "Monte Inverno" da banda Rosa de Saron! Hoje partilho com todos... sem muitas figuras, sem muitos rodeios, é um texto direto, que fala da minha verdadeira relação com o "Criador"... eu nEle... Ele em mim... com tudo o que sou e o que tenho, com o meu nada, na certeza de que tudo que sou é porque Ele me sonha assim!

Espero que gostem!!!

Um grande abraço!



"Mas sigo sim, e mesmo confuso e perdido esperas por mim!"

"As vezes tento entender o que os teus planos reservam pra mim. Olho fixo o horizonte e encontro nele o Teu sorriso que me convida a olhar os desenhos do meu futuro e surpreender-me pelo que virá...!!!

Somente Alegre-se... Viva a vida que eu te dei!
Ama... Nada é mais importante que o Amor...!!! E na verdade, “o AMOR É MAIS FORTE”, ele é capaz de vencer todos os obstáculos e te levar àquele Zenit que você tanto sonha.
Deixa Eu te amar de novo e assim nós poderemos construir grandes coisas. Atreve-te a vir com tudo aquilo que tens e se a dor chegar, você não precisa caminhar, Eu caminharei por você! Mas confia... 
Confia que Eu tudo posso mudar, que todas as feridas eu posso curar, e por fim, joga-te do lugar mais alto e eu te tomarei nos meus braços.

Não era você que sempre dizia que queria tanto caminhar sobre as águas? Pois bem, caminha, sem medo... Confia em mim! Desce do barco e coloca-te de pé sobre o mar!!! Você consegue! Não precisa temer, se você afundar eu vou estar no fundo do mar, te esperando para tentar de novo, mas não desiste, não para de crer... Eu caminho aqui, do teu lado... E logo juntos nós vamos chegar...
Você encontrará este tesouro maravilhoso que eu reservei pra você: A Alegria de viver! De viver amando e se entregando... De viver livre e para sempre COMIGO."

Junior Takanage
16.II.2012

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Rowling e sua visão de cristã em Harry Potter...


Agradecendo especialmente à Camila Baiona pela recomendação e pedindo a todos desculpas pela ausência de posts, encerramos nossa homenagem à Harry Potter, depois da leitura de "Harry Potter e as Sagradas Escrituras..." com palavras atribuídas à mesma autora. [...] Espero que gostem... comentem e divulguem... um grande abraço a todos!


Adler, Shawn. “A autora de ‘Harry Potter’, J.K. Rowling fala sobre a imagem cristã do livro”. MTV, 17 de outubro de 2007.

“Elas quase resumem a série inteira”, ela diz sobre a escritura que Harry lê em Godric’s Hollow.

HOLLYWOOD — O livro lida intensivamente com almas – sobre mantê-las inteiras e a maldade necessária para separá-las em dois. Depois que um herói cai além do véu da vida, seus sussurros ainda são ouvidos. Começa com a premissa de que o amor pode te salvar da morte e termina com a declaração que um sacrifício em nome do amor pode te trazer de volta à vida.

Harry Potter é seguido por elfos domésticos e duendes – não discípulos – mas para o leitor afiado, os paralelos bíblicos são evidentes. Os livros Harry Potter, da autora J.K. Rowling, têm sempre, de fato, lidado explicitamente com temas e questões religiosas, mas até Harry Potter e as Relíquias da Morte, eles nunca haviam citado uma religião específica.
(ALERTA DE SPOILER! O resto desse artigo discute a conclusão de Relíquias da Morte.)

Esse foi o plano desde o começo, Rowling disse a repórteres durante a conferência de imprensa no começo de sua Open Book Tour, na segunda-feira. Não foi porque ela tinha medo de inserir religião em uma estória infantil. Foi porque ela tinha medo de, com a introdução de religião (especialmente cristianismo), falar demais, e deixar os fãs perceberem os paralelos.

“Para mim [os paralelos religiosos estiveram] sempre óbvios”, ela disse. “Mas eu não queria falar sobre isso abertamente, porque eu achei que isso poderia mostrar às pessoas onde chegaria a história”.

De fato, como é mais simplista, o conto final de Harry pode, em alguns aspectos, ser reduzido a uma estória de ressurreição, com Harry aventurando-se em uma estação meio paradisíaca depois de ser atingido pela maldição da morte no capítulo 35, apenas para retornar em seguida. 

Mas se ela estava preocupada de dar dicas narrativas nos primeiros livros, ela nitidamente não estava quando Harry visitou seus pais no capítulo 16 deRelíquias da Morte, entitulado “Godric’s Hollow.” Na lápide de seus pais ele lê a citação “Ora, o último inimigo a ser destruído é a morte,” enquanto em outra lápide (o da mãe e da irmã de Dumbledore) ele lê, “Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração”.

Enquanto Rowling disse que Hogwarts é uma escola de vários credos, “essas citações, é claro, são claramente cristãs. A segunda é uma citação direta de Jesus encontrada em Mateus 6:19, a primeira vem de Coríntios 15:26. Enquanto Hermione conta a Harry depois que ele vê os túmulos, a mensagem de seus pais significa “vida além da morte. Vida depois da morte”. Essa é uma das fundações centrais da teologia resurrecionista.

O que combina perfeitamente com Harry, disse Rowling, que estava falando sobre essas citações pela primeiríssima vez.
“Os livros são bem britânicos, então, em uma nota muito útil, Harry iria encontrar citações bíblicas em lápides”, Rowling explicou. “[Mas] eu acho que essas duas citações que ele encontra nas lápides em Godric’s Hollow, elas resumem – elas quase resumem a série inteira”.

Por ser o que junta as três Relíquias da Morte, Harry, de fato, se torna o “Mestre da Morte” no final do romance, podendo trazer de volta os espíritos de seus pais, seu padrinho Sirius Black e seu antigo professor Remo Lupin. É uma conclusão que termina com a luta de Harry, que dura três livros, com questões sobre a vida após a morte, que começa quando Sirius atravessa um véu ligando este mundo e o próximo no final de Ordem da Fênix.

O próprio Relíquias da Morte começa com dois epígrafes de temas religiosos, um de The Libation Bearers por Aeschylus, que clama pelos deuses para “abençoe as crianças”; e um de More Fruits of Solitude, de William Penn, que fala sobre a morte como “cruzando o mundo, como amigos fazem com os mares”. Nenhum outro livro da série começa com epígrafes – um fato curioso, talvez, mas que Rowling insiste em servir como guia.

“Eu realmente gostei de escolher essas duas citações poque uma é pagã, é claro, e uma é da tradição cristã”, Rowling disse da inclusão, “Eu sabia que seriam essas duas passagens desde que Câmara foi publicado. Eu sempre soube [que] se eu pudesse usá-las no começo do sétimo livro, eu teria dado uma dica perfeita para o final. Se elas fossem relevantes, então eu fui onde tive que ir.

“Elas apenas significam tudo para mim, elas realmente significam”, ela adicionou.
Mas enquanto o livro começa com uma citação sobre a alma immortal – e embora Harry encontre paz com sua própria morte no final de sua jornada – é a própria luta que espelha a de Rowling, segundo a autora.

“A verdade é que, como Graham Greene, eu acredito as vezes que minha fé retornará. Luto muito com isso,” ela revelou. “Em qualquer momento, se você me perguntasse se eu acredito em vida após a morte, eu acho que se você me perguntasse regularmente durante a semana, eu acho que eu iria acabar dizendo que sim – que eu acredito em vida após a morte. [Mas] luto com isso muito. Isso me preocupa muito, e eu acho que é bem óbvio perceber isso através dos livros”.

Que, com o reconhecimento da autora, Harry Potter lida intensivamente com temas cristãos pode ser de certa forma irônico, considerando que tantos líderes cristãos denunciaram a série por exaltar a bruxaria. Quando ele era conhecido apenas como Cardeal Joseph Ratzinger, o próprio Papa condenou os livros, escrevendo que suas “seduções implícitas, que agem despercebidas… distorcem profundamente o cristianismo na alma antes que ele possa crescer devidamente”.

De sua parte, Rowling disse que tem orgulho de estar em tantas listas de livros banidos. Em relação aos protestos de alguns crentes? Bem, ela não leva a sério.
“Eu mesma vou à igreja”, ela declarou. “Eu não tenho nenhuma responsabilidade sobre os fanáticos da minha própria religião”.



Tomado do site: [ Conteúdo Potterish ]

Junior Takanage
14.II.2012

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

IV Parte: Conclusão


"Harry Potter e as Sagradas Escrituras"

Conclusão


Observando então cada um dos pontos mencionados acima é possível concluir perfeitamente a presença de uma intenção cristão, consciente ou inconsciente, por parte da autora na obra de Harry Potter. Cada um dos temas mencionados estão devidamente confrontados com as Sagradas Escrituras e são fruto de uma reflexão de um fã da saga de Harry Potter, católico apostólico Romano, que encontra na mesma saga uma forma de motivar e criar um espírito de evangelização pedagógico. Porque afinal, evangelizar é uma pedagogia e é preciso ter a capacidade de assimilar e chegar às pessoas com aquilo que as toca. Simplesmente criticar e condenar uma obra cultural é ato de pessoas que estão, na minha opinião, em desacordo consigo mesmas ou com as normas que as regem! Não basta criticar e apresentar tão somente argumentos de prescrições observadas há mais de 3000 anos como as mesmas referências aos espíritos e invocação dos mortos contidas no antigo testamento! É preciso avaliar e encontrar o bom, o positivo em cada coisa, porque se passamos a procurar o negativo, o mal, não vivemos o que nos propõe a frase do santo, de “buscar o Cristo em cada leitura e não somente nas leituras de Cristo”, mas sim terminamos em uma, embora inconsciente, constante adoração do mal, porque aquilo do que mais falamos e que mais fazemos são na verdade o que mais vivemos!

Harry Potter pode ser usado por catequistas, padres e pastores, por professores e doutores, pois não passa de uma obra muito bem elabora, cultural e que portanto nos faz mais sábios, inteligentes, abertos à realidade e além de tudo possui os verdadeiros ensinamentos cristãos e de alguma forma, morais!

Espero ter conseguido passar minha mensagem e novamente reforço minha fé, esclarecendo que tratei de ser fiel a toda a tradição católica e sendo claro nos momentos onde defendi minha postura frente a alguns temas e que talvez diferem da Igreja. Meu apelo maior com este trabalho, não é que todos passem a encontrar em Harry Potter um ensinamento coerente de vida e nem muito menos passem a gostar de Harry Potter aqueles que não gostam, mas sim um chamado a abrir-nos como seres humanos à cultura e a arte, expressão e referência de vida.


Draco dormiens nunquam titilandus.”


Junior Takanage
07.II.2012

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

III Parte...Harry Potter Vs. The bible...

Harry Potter e as Sagradas Escrituras - Parte III



Harry Potter Vs. The bible


Grande parte das críticas à saga do menino bruxo são por dizer que a Bíblia é contra tudo o que seja bruxaria, feitiçaria, invocação de espíritos e porque no fundo, se olharmos bem, não se refere a Deus em nenhum momento! Mas é uma grande ignorância olhar o tema desta forma. Cito aqui a um santo católico que diz: “O Verdadeiro cristão não é aquele que lê somente livros sobre o Cristo, mas é aquele que o procura em qualquer leitura”; e este é o meu verdadeiro objetivo com este trabalho, não convencer as pessoas de que Harry Potter é algo tão bom que deve ser utilizado nas catequeses ou escolas, mas sim mostrar que é possível não criticar um livro tão inocente, condenando-o como propriedade do mal, por simplesmente desconhecer o belo! A cultura, a arte nos ensinam a abrir nossas mentes e olhar muito mais além do que está escrito, e este é o objetivo nesta parte do trabalho, que começo, depois de citar a frase católica, citando ao diretor e grande Auror: Albus Dumbledore: “Todos temos o bem e o mal dentro de si, mas o que realmente importa não são as semelhanças e sim as diferenças.”

E começo chamando a atenção para cada final de filme, ou de cada livro. Sempre e em cada um deles existe uma lição, cada final existe um diálogo ou palavras que se mostram perfeitamente apropriadas e por que não dizer, cristãs! O grande problema é que muitas vezes não abrimos o nosso entendimento e não associamos certas coisas, nos detemos não em mensagens, mas sim em palavras verdadeiramente iguais. Se tomamos por exemplo o texto onde Dumbledore diz a Harry: “Harry, tempos virão que teremos que decidir-nos pelo que é certo e não pelo que é fácil...” Lembrando que não se trata aqui de equiparar e colocar Harry Potter ou até mesmo Dumbledore em um mesmo parâmetro que Cristo e Deus, mas sim olhar a mensagem transmitida. Se tomamos em consideração tal frase, podemos perceber a presença das palavras de Jesus ao anunciar que “quem quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (5). A decisão pelo que é certo e não pelo que é fácil é algo característico do cristianismo. Seguir a Cristo é considerado o correto, o caminho de vida do homem e isso implica dores e sofrimentos segundo os textos sagrados, mas esta deveria ser a escolha, mesmo que seja difícil. Eis aqui, uma primeira alusão aos textos bíblicos, que repito, não sabemos da intenção da autora, se consciente ou inconsciente, mas sabemos que se é algo que está presente na obra é porque, de certa maneira, está presente nela.

E também, olhemos para o final do filme “Harry Potter and the order of the Phoenix”: “Estava pensando em algo que me disse Dumbledore – diz Harry – , que nós temos uma coisa que Voldemort não tem! Uma coisa pela qual vale a pena lutar”; Harry aqui está fazendo alusão justamente à frase que citamos anteriormente: ““Todos temos o bem e o mal dentro de si, mas o que realmente importa não são as semelhanças e sim as diferenças.” e se refere especialmente aos seus amigos. Quando Voldemort possui a Harry, para que ele o abandone Harry se lembra de seus amigos, dos momentos felizes que passaram juntos, e é neste momento que ele o abandona. Nos encontramos aqui com outra grande lição do cristianismo, que vai mais além da frase bíblica, mas no ensinamento do próprio Cristo: “Já não vos chamo servos, mas amigos”(6) e também o grande ensinamento do amor: “Eu vos dou um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros. Se vos amardes uns aos outros, todos que reconheceram que sois meus discípulos.”(7)

Nos encontramos já com 2 temas colocados nos livros que nos mostram a presença cristã nesta obra tão aclamada nos últimos anos. Mas olhemos agora de uma forma geral, e perguntemo-nos: de que se trata realmente esta história? O que temos aqui? Analisemos mais profundamente cada uma das coisas.

Harry Potter se trata de uma saga onde o menino bruxo luta, em cada livro, direta ou indiretamente, com aquele que matou seus pais e que o tenta matar, com aquele que fez muito mal àquela sociedade (bruxos) e que ao recuperar forças volta, não só para matar a Harry, mas para criar uma raça pura: temos aqui um exemplo claro de que o mal pode ser representado também pelo nazismo nesta obra: Voldemort = Hitler... E Harry, seguindo muitas vezes o conselho de Dumbledore, é quem busca combater esse mal! Acompanhando a saga, podemos observar no último filme que Harry, depois de observar as memórias do Prof. Snape na penseira, vai, decidido, entregar sua vida para que ninguém mais morra por ele, para que ninguém mais tenha que sofrer as consequências da presença de Voldemort: eis aqui o auto-sacrifício, e desta mesma forma vemos o Cristo que se entrega a si mesmo e é obediente até a morte. Cristo vence o pecado original (a desobediência), sendo obediente e vemos aqui que Harry também o faz sendo obediente: depois de ver a penseira ele sabe que não existe outra forma de que o mal perca esta batalha senão morrendo ele mesmo, obediente vai ao encontro de Voldemort. Auto-sacrifício como meio de santificação para os demais. Cristo se imola por todos os homens!

E depois da morte, Harry chega ao que poderíamos dizer: céu... ali se encontra com Dumbledore, e se não queremos atribuir à Dumbledore a imagem de Deus, podemos dizer que é o encontro de todos no banquete celestial, o encontro de todos na ceia escatológica, presente de Deus, a comunhão dos santos! Mas notavelmente podemos comparar o que Harry chama de “King's Cross” ao céu, é um lugar puro, limpo, branco, onde somente existe a pureza de Deus e a glória que brilha! E por último, mas não menos importante: Harry “ressuscita”, ele volta, assim como o Cristo! Cristo, ao morrer na cruz, dá ao diabo esse gostinho de achar que venceu... foram 3 dias de festa para o mal, mas a ressurreição dá a vitória ao Cristo. Harry volta e luta novamente com o mal, derrotando-o: depois de uma alegria para Voldemort, vem a alegria maior, o retorno de Harry, do bem!

Também, como mencionamos um pouco mais acima, grande parte da crítica é feita à magia que é usada no filme, supondo uma invocação de espíritos e mortos: se atentamos para cada uma das magias, cada um dos feitiços, vamos perceber que em nenhum momento se invoca absolutamente nada, mas que do único que se utiliza a autora são de combinações de palavras, traduzidas culturalmente ao latim, observando que parte da tradição inglesa nos colégios é o estudo do Latim, como ensino lógico e preparatório para as ciências exatas.[...]

domingo, 5 de fevereiro de 2012

II Parte


"Harry Potter e as Sagradas Escrituras - Parte 2"

Partimos pela autora

Como já mencionado, não podemos fazer uma análise de uma obra, especialmente de considerável extensão, sem ver o que a autora quer transmitir, sem saber suas intenções iniciais! A arte é a plasmação daquilo que trazemos em nosso interior em forma de versos, pinturas, notas, melodias, cantos, sentimentos, rimas e tudo o que é arte.
Neste caso, a arte é uma história fictícia, fantasiosa que também fala de algo que J.K. Rowling traz em seu coração, em sua vida, em sua tradição inglesa! Rowling se declara, desde todo o tempo, uma pessoa teísta: “Eu creio em Deus, não em mágica.” (2) Sua vida tem marcas de uma fé vivida dentro de uma Igreja: “Eu vou à Igreja”. (3)
Observando então que a autora se considera teísta, praticante, não temos, desde uma primeira instância porque condená-la com o fato de uma obra discípula da Wicca e coisas assim! Em todo momento, falando de seus personagens, Harry Potter foi escrito com partes da sua vida. Mas atenção: falando dos personagens e não da história: atribui, por exemplo, a Dumbledore a imagem de um antigo professor.
E por que este chamado de atenção? Porque aqui já encontramos um primeiro tema que pode ser sugerido na segunda parte deste dissertar: ela constrói Harry Potter com pessoas que marcaram sua vida, com pessoas que de algum modo, deixaram em sua alma, pegadas de algo passado, e que por tanto se faz eterno: eis aqui um dos principais temas do cristianismo: a vinculação do homem, da sociedade, a unidade, e como comunmente usada: eis a COMUNIDADE, o vínculo, o amor ao próximo que se perpetua na vida! Rowling trás a estes amigos em seu coração e os dá vida!
Não digo aqui que a autora trabalhou todos estes temas de forma consciente, ainda que ela mesma tenha afirmado que quando pensou nos personagens, pensou nas pessoas que a fizeram imaginá-los; o que quero dizer é: em nenhum momento deste trabalho estou cogitando a hipótese de que a autora tenha pensado tudo de uma forma cristã, mas sim, que como isso já tem suas raízes nela, não poderia ser de forma diferente.
E já que menciono isto, também seria válido mencionar algo com o qual podemos nos deparar ao buscar na rede de vídeos online YOUTUBE, uma conversa da autora com o protagonista dos filmes: Rowling e Daniel Radcliffe conversam acerca do livro que se tornou filme e do grande êxito que ambos encontraram (tanto livro e filme, como autora e ator). Nesta conversa Daniel formula, de uma forma que me chama muito a atenção, o tema cultural: “o que é interessante em Potter é que começou como livro. Meio que criou uma geração do mesmo tipo de mentalidade NERD, mas com um gosto para leitura e literatura” . E, em primeiro lugar, é isso o que alegra a autora: Potter faz que as pessoas, crianças, jovens e adultos leiam, e isto, sem dúvida alguma é uma colaboração enorme da autora com a sociedade. É literatura, é arte que penetra em cada ser humano e que cria essa consciência tão ausente nos dias de hoje, da importância de uma vida culta, não com sentido de classe social alta, ou com sentido político de direita, não, mas com o sentido de uma vida cheia de conteúdo, significado, entendimento, saber, conhecimento. Não vamos entrar em detalhes filosóficos, mas como não mencionar a Metafísica de Aristóteles: “Todo homem tende, por natureza, ao saber”. E isto foi um grande despertar de Potter, ao qual já poderiamos agradecer à autora e terminar por aqui, porque quantas pessoas, adiquiriram o gosto, a sede da leitura e do saber através dos livros de Potter?
Temos aqui, portanto, desde a perspectiva da autora, dois pontos a favor da obra: a vinculação humana que faz Rownling criar os personagens a partir de pessoas que se vincularam a ela e marcaram seu caminho de vida e a conquista de uma sociedade leitora de suas obras e que descobriu na leitura uma fonte de sabedoria.
E por fim gostaria de mencionar um tema que causou uma grande polêmica em seu momento e que proibiu algumas escolas de utilizarem ou possuírem os exemplares dos livros desta coleção! A Homossexualidade de Dumbledore. Este tema foi durante muito tempo uma incógnita e apenas se revelou quando a autora lançou o sétimo e último livro da coleção. Durante uma sessão de perguntas e respostas, um jovem lhe pergunta sobre o amor de Dumbledore e ela responde: “Dumbledore is gay!”. Para surpresa da autora, os fãs então começaram aplaudi-la, e ela revelou que durante a gravação do sexto filme (Harry Potter and the Half-blood Prince) teve que intervir porque queriam colocar uma suposta relação de Dumbledore com uma moça. Este tema foi de grande polêmica quando revelado e proibiu nos Estados Unidos, no Reino Unido e em muitos outros país, o uso e a posse da coleção nos colégios e a proibição por parte de algumas entidades religiosas aos seus clérigos de usá-los para pregações, homilías e tudo mais!
Mas ela foi aplaudida e com certeza temos aqui uma nova lição: Rownling mostra ser anti-racismo e anti-racistas, anti-preconceito e sem nenhum problema assume a sexualidade de seu personagem; ela como autora, conhece o mais profundo do mesmo! Ela deu até mesmo uma “boa lavada” nos que se consideram tão grandes como para proibir a coleção devido a que possua um homossexual na trama e com outras palavras e gestos, “parafraseou” o Cristo: “Não julgueis e não sereis julgados, porque da mesma medida que medires, também sereis medidos.” (4) Mesmo diante de repreensões Rownling manteve sua opinião e os livros não só continuaram, mas continuam fazendo um grande sucesso.
Se por um lado ela pode ser condenada pelas autoridades eclesiais por ser difusora da anormalidade sexual como normal, temos de outro lado sua persistência naquilo que ela acredita e por isso, se manteve fiel ao seu interior e ao interior do seu personagem; por isso já merece nosso respeito. E já que ela se manteve fiel, também eu apoio sua afirmação e não pretendo discorrer mais sobre o tema, porque este texto não se trata de uma reflexão moral sobre a sexualidade humana, do contrário poderia aumentá-lo em inúmeras páginas.
Temos aqui então cinco lições partindo da vida e da experiência de vida da autora; as enumero para que sejam notáveis e para que desde já possamos ir percebendo a normalidade e a aprovação cristã que tem a coleção:
      1. As afirmações da autora por sua crença em Deus;
      2. Vinculação humana e vivência do mandamento do amor expressado na criação de seus personagens como pessoas que marcaram sua vida;
      3. Difusão da arte literária abrangendo um grande número de pessoas que se declara adquirir o hábito de leitura mediante as obras;
      4. Um espírito de amor sobre o racismo e o preconceito;
      5. Fidelidade à sua palavra.
Junior Takanage
05.II.2012

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Harry Potter e as Sagradas Escrituras

Como prometido, o texto está prontinho, acaba de sair do forno... E já que estamos nisso, vamos dedicar alguns dias à Harry Potter e a sua autora J.K. Rowling... Por um lado porque o texto é muito grande e sei que se postasse tudo hoje, ninguém iria ler nem a introdução! Então, partimos pela introdução e dedicamos os próximos dias do blog à este bruxo que fez e continua fazendo sucesso entre crianças, jovens e adultos.

Espero que gostem e divulguem... e se alguém quiser o texto completo, ele estará disponível em PDF na página do blog no Facebook... O que está esperando para seguir? É só clicar e curtir...


"Harry Potter e as Sagradas Escrituras"

Introdução

Quando o tema é cultura, não faltam pessoas que buscam criticar e ir em contra de tudo aquilo que se mostra positivo para o nosso crescimento como seres humanos. E de onde provêm estas críticas? De muitos lugares: de apreciadores de uma certa escola literária e que, de certa forma, “crucificam” a tudo que não pertence à mesma, religiões, filosofias e de simples pessoas sem fundamentos em suas críticas!
Partiremos de um princípio que qualquer um pode criticar e deve fazê-lo quando olhamos como fim (objetivo) da mesma (crítica) o crescimento e amadurecimento pessoal e por que não, da mesma obra em questão!
Meu objetivo neste documento é limitar-me a uma obra específica, que por si só é de uma extensão considerável e que atraiu positiva e extensivamente a atenção de crianças, jovens e adultos e que ao mesmo tempo, negativamente, chamou a atenção de Igrejas, Pastores, Padres, “criticões” sem fundamentos. Por isso quero olhar a obra da famosa escritora J.K. Rowling, Harry Potter, e defender este romance literário, fictício e fantasia como uma obra que não só não é contra o cristianismo, mas ao mesmo tempo é uma escola em todos os aspectos.
O trabalho será dividido em 3 partes, incluindo a conclusão, onde, em uma primeira instância analisaremos todo o discurso da mesma autora, que como autora conhece, obrigatoriamente, o mais profundo de seus personagens e o mais profundo da mensagem e da alocução feita com relação à sua obra. Já em uma segunda instância estaremos comparando a obra com outra grandeza literária, considerada a mais vendida no mundo todo e não, é claro, tratando de colocar Harry e seus “discípulos” no mesmo parâmetro dos outros personagens, mas sim, tentando provar a semelhança entre histórias e ensinamentos! E por fim, a conclusão, que não quer ser nenhuma comprovação científica ou proposta pedagógica, mas sim, um chamado de atenção a que não existe nada que impeça Harry Potter estar também nas igrejas e ser um parâmentro, um meio comparação com a vida cristã!
Sem o objetivo de mostrar-me ateu, nem muito menos anti-eclesial, professo abaixo minha fé, meu Credo e desde já espero não estar dizendo nada que obste em contra da fé, e caso o faça, que Deus me perdoe, mas nisto creio e isto defendo, é minha fé:
“Creio em Deus, Pai todo poderoso, criador do céu e da terra, e em Jesus Cristo seu único filho, nosso Senhor que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da virgem Maria, padeceu sobre Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo Poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na Igreja Católica, na Comunhão dos Santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Creio que Deus, feito homem e por meio dos homens nos deu a cultura e o dom de manifestá-lo na arte de forma que esta não seja outra coisa que presença Sua no mundo. Creio no Cristo que veio semear a misericórdia, o amor e não o julgamento do próximo, limitando essa tarefa somente a Ele e ao Pai! Creio na vida, na força do viver e na vontade de existir. E como cristão acredito e desejo a felicidade de todos os homens, sem me preocupar com raça, língua, nação, cor, orientação sexual e religião, pois creio que a única religião é o único mandamento de Cristo: o AMOR.”
Sem mais a declarar, partimos à dissertação do mesmo.

Draco dormiens, nunquam titilandus.”




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