segunda-feira, 4 de junho de 2012

FUGA



Tá bom, eu sei que estou há tempo sem postar! Prometo ser um pouco mais disciplinado... mas a verdade é que no corre corre do dia-a-dia, quase não me dou conta daquilo que mais gosto de fazer e que tão bem me faz: isso expressa o texto abaixo! Espero que gostem... FUGA!

"A chuva cai lá fora, bate na janela. Sobre a mesa muitas coisas, mas apenas enxergo meu papel e uma vela. Esta vela me dá a luz necessária para pensar e fazer destas pequenas e poucas linhas, palavras de um interior cheio de perguntas, respostas, trabalhos, pouco tempo, ausências e presença! 

Nada sei e nada sinto... minhas palavras agora não são sentimentos existentes, mas são formadoras, geradoras de um sentimento que com certeza virá ao término destas linhas! Não sei o que sinto nem o que vivo, sei apenas que estou, que sou, que sendo tento ser mais e que tentando, eu simplesmente garanto que continuo vivendo e vivendo eu continuo escutando a chuva, e escutando eu posso formar minhas próprias notas, e assim eu posso cantar... 
Mas cantar o que, já que nada sinto, nem penso, nem olho? Uai... se posso escrever, posso cantar, se posso cantar, posso escrever e se ambos faço, a verdade é uma e não existe outra afirmação para isso: estou sentindo e fugindo ao mesmo tempo!"

Junior Takanage
04/06/2012

2 comentários:

  1. Por muito tempo permaneci assim também...
    Mas somente entendi tudo isso quando percebi que pra sentir, precisava escrever e escrevendo sentia eu mesma em mim. Como você mesmo disse: "Nada sei e nada sinto... minhas palavras agora não são sentimentos existentes, mas são formadoras, geradoras de um sentimento que com certeza virá ao término destas linhas!"
    O tempo leva tudo, leva os momentos únicos em que os pensamentos passam e não voltam mais, leva a gota da chuva se a gente não souber como pegá-la, mas a única coisa que ele não pode levar são as palavras ditas, escritas, eternizadas.
    É por isso que nesta noite, assim como você, refleti e percebi que a inspiração estava sim correndo em minhas veias, embora muitas vezes eu a deixasse de lado pela falta de tempo.
    Mas tantas palavras se faziam necessárias e tantas vezes o tempo me levou estas palavras, não ditas, não escritas, apenas sentimentos que não se eternizaram no papel, não frutificaram...
    Costumo dizer que isso é "um nada tão tudo que até parece alguma coisa", e pra ser alguma coisa é necessário seguir...mesmo na FUGA, do tempo, do mundo, de si mesmo!

    Desculpe pelo imenso comentário, mas com certeza o texto gerou sentimentos e não somente no autor, mas também no leitor, o que caracteriza um bom texto reflexivo!

    Continue produzindo em todos os segundos livres que a vida te der...=D

    Sucesso amado!

    Cá.B

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  2. Parabéns aos dois pelas estas bonitas palavras.

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