"Quem disse que escuridão e a melancolia são processos depressivos da alma que nos levam a uma tristeza e uma retração do amor, da entrega, da alegria?
Estar só, com a escuridão, com o silêncio... ser melancólico ou pelo menos criar e dar-se momentos para estar, é nada mais e nada menos que uma busca profunda e o anelo, o desejo, de um encontro pessoal consigo mesmo... No silêncio, tudo o que penso fala de mim!
Contraditório talvez, mas sempre uma única resposta: nunca me senti tão bem como depois de no silêncio perceber-me e perceber aqueles que estão ao meu redor!
Se no vazio do mundo corriqueiro não sei mais quem eu sou, o silêncio me devolve o mais sagrado que existe em mim... por isso eu fujo e vou para um lugar onde ninguém nunca me acha – é meu lugar predileto, um universo paralelo, que não precisa de técnicas de sair ou entrar no corpo, mas basta apenas fechar os olhos e entrar na alma.
E novamente uma contradição: porque se é alma não é paralelo, mas se é paralelo é porque ali não estou no mundo, estou em mim, na minha capacidade de amar, perdoar, sarar, crescer, viver, nascer! Se na melancolia sou triste, tanto mais o sou na dor... Porque melancolia para mim é justamente perceber aquilo que sou e aquilo que devo ser, colocar-me nos braços de Deus e eternizar meu canto em um simples e verdadeiro mantra: Maranata."
Junior
Takanage
05.VI.2012
Estou precisando praticar isso.
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