Sem isso, pensei
fosse endoidecer... sonhei mas me
esqueci de anotar e nestas faltas, fui me perdendo de mim mesmo, deixando de
realizar atos necessários para que eu pudesse respirar, sentir a calma, me
lançar no colorido da vida que muito facilmente, se deixamos de admirar, se
torna o preto e branco do antigo papel fotográfico que já não encontro nem mais
na casa de minha avó.
Claro está, sem você não
posso viver, meus sonhos se esvaem e minha mão já não desenha o mesmo colorido
caminho dos sonhos poetizados pela beleza das palavras que aleatoriamente
brotam de meus lábios, de meu coração e da ponta de um lápis afiado por um
pobre apontador.
No fim, percebo que
sem o mais pobre apontador e o rascunho que encontro jogado debaixo da cama não
sou nada. Palavras, ah como eu as necessito e
as quero por perto. Sonhos, vocês só são possíveis porque eu consigo verbalizá-los no papel. Vida, só consigo torná-la bela se me sento a escrever.
Porque neste escrever
eu me encontro com pessoas, sentimentos, mágoas, perdões, medos e magia,
felicidade sem fim, que brota do puro descobrimento de algo que não é meu, mas
que emana divinamente entre meus dedos e meu pensar: o eterno dom de escrever e
amar.
Junior Takanage
13.VII.2015
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