"Velas, um copo de
cerveja e uma música instrumental por Yanni ao fundo... cheiros,
luzes, sentimentos e lembranças! Tudo remete às novas decisões que
devem ser tomadas mas que por medo tantas vezes são evitadas!
A luz desta vela me
recorda que toda luz que possuo vem de dentro de mim mesmo e que não
posso esperar luzes externas, porque sempre que os impulsos forem
externos a verdade será sempre relativa, enquanto que a verdade
absoluta parte sempre de um interior convicto de si mesmo e de sua
própria teologia!
O ser humano é um
peregrino que sonha com a liberdade mas que sempre se torna escravo
de uma liberdade condicionada pelo exterior! Ser parte do mundo não
significa ser o mundo, mas sim, cooperador dele, com aquilo que sou,
com a minha luz, com uma cor tênue ou brilhante, com um amor intenso
ou simples, com sentimentos de dor ou alegria!
E por isso em mim, cada
dia e em cada momento sentimentos antigos são evocados e sentimentos
novos são suscitados, para dar sentido a um começo que é sempre
novo e perpétuo no sentir, já que sentimentos são marcas do meu
próprio interior e jamais poderão ser deixados de lado, porque sem
sentir não tem graça viver e sem a melancolia do frio de Araraquara
que é tão raro e tão pouco gélido, não existe fonte de
inspiração exterior que me leva a uma reflexão interior e uma
afirmação significativa, absoluta e construtiva do meu próprio Eu.
Velas, meio copo de
cerveja e uma música instrumental por Yanni ao fundo... sentimentos
que vão e vêm, e que não são mais que eu mesmo que sou ora
sentimento, ora pensamento, ora sonhador e para sempre peregrino do
meu próprio caminho comigo mesmo!"
Junior Takanage
23.IX.2012