segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Coisas Literárias: [O Nome de Deus é Misericórdia]


Já há algum tempo que venho ensaiando para sentar-me frente ao computador e escrever um pouco sobre este livro. Trata-se um pouco das minhas impressões para com o mesmo e, por que não, uma indicação.

Em primeiro lugar tratou-se de um livro que me fez chorar, e acredite, mesmo que eu seja muito chorão eu não choro quando leio livros, mas este livro me fez chorar; claro que não foi o livro todo, mas temas e momentos específicos me identificaram, não pela minha pessoalidade, mas especialmente pela manifestação da misericórdia, de perceber que não sou eu que sou chamado a algo, mas que Deus, assim como o fez com Mateus, “me olha com misericórdia” (cf. Mt. 9, 9-13), apesar das minhas limitações e fragilidades. No entanto, me tocou também em algo que mesmo que tantas vezes é parte do meu discurso, muitas vezes está distante do meu viver: a minha misericórdia para com o outro. Se sou olhado com esta misericórdia, como não olhar para o outro, como não ter o mesmo sentimento para com ele, como não amá-lo apesar de tudo?

Trata-se de uma entrevista, e não de um texto corrido, e a verdade? Dá pra ler muito rápido... é uma conversa gostosa, onde a autora, Andrea Tornielli, recupera inclusive expressões gestuais e linguísticas do Santo Padre, que tem claramente um bom acento argentino (sim, eu gosto da Argentina e dos argentinos e não é só por causa do Papa).


Não quero que essa afirmação soe como uma apreciação despectiva do livro, mas é um livro que não traz uma novidade, ou melhor, não deveria trazer uma novidade para aqueles que se dizem cristãos, católicos ou simplesmente praticantes do Amor (caritas), pois fala de uma atuação diária e que deveria ser intrínseca ao viver de cada um de nós. No entanto, a NOVIDADE do livro é justamente chamar a nossa atenção para isso... Mesmo sendo tão do cotidiano, tão comum, e talvez por causa disso, muitas vezes nos faz não colocar atenção.

Portanto, vale a pena, vale a leitura, vale uma reflexão, vale deixar-nos tocar por essas palavras tão belas e profundas, vale deixar-nos interpelar para um anúncio que não é somente dos católicos, mas de todos aqueles que querem construir um reino de Justiça, Paz, Fraternidade e Igualdade.



Junior Takanage 
22.II.2016  

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